Uma breve história do shampoo
O primeiro shampoo, ou melhor, o primeiro detergente líquido específico para lavar os cabelos, surgiu em um laboratório na Alemanha em 1890. Porém o invento só chegou às prateleiras das farmácias três décadas depois, com o fim da Primeira Guerra Mundial, e era artigo de luxo!
A preocupação com a saúde e a beleza dos cabelos, no entanto, já se revelava 2 mil anos antes, no Oriente.
Extratos de plantas e essências de rosa e jasmim eram usados na Antiguidade para curar a calvície, controlar a oleosidade e amaciar fios rebeldes.
O hábito oriental foi trazido para o Ocidente durante as cruzadas da Idade Média, as receitas ganharam status de feitiço e ingredientes improváveis como rã, raiz de couve, banha de urso e ferrugem.
Nesse tempo, cabelos bem cuidados eram sinal de status e uma simples trança podia indicar que a donzela estava louca para se casar. Durante os séculos seguintes, as poções caseiras dividiriam espaço com o mesmo sabão usado para lavar as roupas.
Foi só na década de 1920, com a indústria da beleza começando a ser levada a sério na Europa e nos Estados Unidos, que os cabelos ganharam produtos próprios.
O tal detergente alemão foi batizado de shampoo pelos ingleses, em homenagem ao termo champo, que em híndi significa massagear.
Na época, a Inglaterra dominava a Índia e a cultura da colônia estava na moda. Quanto à fórmula, pouco avançada, exigia ao menos duas aplicações para limpar os cabelos.
Em 1954, a empresa inglesa D & W Gibbs, deu um passo à frente, lançando um shampoo capaz de lavar em apenas uma aplicação, sem ressecar os fios, como faziam seus antecessores, e a novidade era que vinha com duas vantagens extras: embalado em garrafas que duravam sete aplicações ou em sachês para uma única lavagem.
O Shampoo só apareceu no Brasil em 1968, um ano de revoluções, o país assistia à migração do campo para as cidades e a revolução sexual impulsionava as mulheres para o trabalho fora de casa.