Tricotilomania: Mania de arrancar os cabelos.
Muitas mulheres não se dão conta, porém em diversas situações cotidianas como: quando está esperando, vendo tv, no computador ou mesmo à toa, começa a mexer no cabelo, puxar e arrancar os fios; dói um pouco, mas acaba sendo um passatempo, não é mesmo?
O que parece uma bobagem feita apenas algumas vezes, pode se agravar e tornar-se um distúrbio psíquico.
Essa sucessão de atos é chamada de Tricotilomania, que é um distúrbio psíquico e tem como principal característica a compulsão incontrolável de arrancar os fios de cabelo. A mania pode ser tão grave, que muitas vezes, acaba levando os pacientes à calvície. Saiba mais na matéria.
Existe tratamento?
Sim, a primeira medida é iniciar o tratamento pelo uso de medicamento prescrito por um psiquiatra, após o início da medicação, o paciente deve frequentar a psicoterapia, para que seja descoberta a origem do problema.
O distúrbio aparece frequentemente na adolescência, o que acaba facilitando o tratamento e há dois tipos da doença:
Focada:
Quando o paciente tem mesmo a intenção de puxar os cabelos para controlar alguma experiência desagradável, ou mesmo, para aliviar o estresse que sofre no momento.
Automática:
Na qual o paciente faz sem perceber que está fazendo, de modo inconsciente.
O transtorno, que já foi considerado raro, hoje é muito comum. É parecido com o transtorno obsessivo-compulsivo e com o transtorno do controle de impulsos, pois há um aumento da tensão antes de puxar o cabelo e alívio ou gratificação após tê-lo puxado, porém suas causas não são tão aparentes quanto parece.
Segundo especialistas, não há uma causa específica, o distúrbio pode estar ligado a diversos fatores como: situações de estresse, problemas de relacionamento, medos, perdas ou até mesmo depressão.
Do ponto de vista físico, após sucessivas trações de uma mesma área do cabelo, a calvície se torna irreversível, principalmente quando o distúrbio psíquico chega à idade adulta.
O que fazer então?
Caso o problema alcance a fase grave de calvície, é indicado restaurações cirúrgicas, porém, só se deve fazer as restaurações pacientes que após dois anos estiverem totalmente livres da compulsão, com um laudo e liberação do tratamento com medicamentos, além da dispensa nas sessões de psicoterapia.
Alternativas mais comuns de implante capilar:
FUT (Follicular Unit Transplantation):
A mais tradicional, consiste na remoção de uma faixa de couro cabeludo, da região da nuca, que contenha os folículos pilosos. Estes folículos são transplantados às áreas de calvície e, na região onde a faixa foi retirada, fica uma cicatriz muito fina, que será coberta pelos fios de cabelo.
FUE (Follicular Unit Extraction):
Técnica conhecida como transplante sem cicatriz. Ao contrário da FUT, que retira uma faixa de couro cabeludo da região da nuca, essa opção extrai as unidades uma por uma, selecionando as melhores. Ambas as técnicas são realizadas sob anestesia local, em centros cirúrgicos, e o paciente é liberado no mesmo dia.
Vale lembrar:
Monitore quando começa a puxar os cabelos. Perceba quais situações fazem com que você inicie o processo.
Você puxa os fios apenas quando está deprimida? Nervosa? Confusa? Frustrada? Estressada?
Entender o que desencadeia a ação pode ajudá-la a encontrar maneiras positivas de lidar com o processo.
Anote como se sente ao puxar o cabelo. Ao reconhecer os gatilhos, tente identificar o que pode estar reforçando o comportamento. Se você puxa os fios quando está ansiosa e essa ação alivia a ansiedade, seu organismo a repetirá, pois a associará a sensação de alívio. Atente-se como se sente durante e imediatamente após puxar o cabelo, essa percepção pode ajudar muito em casos extremos.
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